terça-feira, 9 de agosto de 2011

Consciência


As pessoas estão sempre buscando algo mágico, místico e maior que a própria história para sentirem suas vidas desimportantes um tanto mais "encantadas", necessitam de grandes mistérios, de assombros fantásticos e fenômenos palpáveis.  A vivência da religião é muito mais simples e próxima de nós se nos despojar de orgulhos e das bobagens mirabolantes que construimos para nos achar maiores do que nossa simples insignificância, Caboclos vivem a simplicidade da emanação divina de Orixá, são a verdadeira contemplação de Deus manifestado e por isso acabam sendo a encarnação do vento, do burburinho das águas dos rios, dos mares, a luz refletida na neve no alto das montanhas e a respiração da terra no ciclo das marés, mas nós somos muito tolos para nos apreciar como como simplesmente parte da criação, parte singela e mínima, tomamos a terra com arrogância, achamos dominar o tempo e as coisas da vida com máquinas e cientificismos, Benjamim Figueiredo , cavalo do Caboclo Mirim falava sobre viver a simples humildade de ser pequeno para voar a grandeza da própria luz interior, sinceramente não me lembro a frase correta e assim que me lembrar ou localizar em meus papéis e acrescento aqui.  O que sei é que não há outra saida em nossa religião ou em qq outra séria que não seja a diminuição do ego, a doação como eixo de mudança interno e para isto muito pouco do que vemos por ai tem algum sentido.  Viver na luz de seu Orixá é viver na contemplação do que é simples e divino atravéz da vivência e união com o todo, a ampliação de si mesmo e de suas possibilidades através do despojamento de tudo o que pese, de tudo o que amarre, de tudo o que não seja integração.  O caminho de Pretos-Velhos é a paciência e a humildade, façamos nós este caminho e se assim for não haverá lugar para testar entidades ou correr giras de terreiro em terreiro buscando algo mais fantástico ou impressionante que a luz de cada Amanhecer, e se encantar em sabe-la dentro de si...

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