quinta-feira, 2 de julho de 2009

MÉDIUM


Dispersão no terreiro

Em primeiro lugar aconselho a leitura do Livro dos Médiuns de Alain Kardec.
Em segundo lugar vale lembrar que os dons mediúnicos existem para cada um segundo seu grau de evolução, sua missão como médium e seu merecimento, não existe este tipo de mediunidade melhor do que o outro, existe a funcionalidade do veículo diante do trabalho, um médium bem formado, firme, batido no terreiro terá melhor desempenho que outro menos preparado. Não quero dizer com isso que não acredito em médiuns prodigiosos que aparentemente do nada se revelam, mas estes são na quase totalidade inconscientes ou semi-conscientes.
Afirmo que médiuns conscientes só o são por escolha, mesmo que por uma necessidade imperativa é uma escolha, e acima de tudo incorporados no terreiro estão lá pois assim o querem. Esta longa fila de escolhas se revela na postura do médium no terreiro, bem como em tudo em sua vida, até existe uma máxima: no terreiro todas as máscaras caem e nada se esconde; a firmeza do médium fica clara, principalmente para si mesmo, na capacidade de entrega ao trabalho, o quanto ele consegue abandonar de si de e suas opiniões para deixar a Umbanda entrar, a Umbanda não faz força, ocupa apenas o espaço que a Ela deixamos.
É perfeitamente compreensível que um neófito ou iniciante não possua ainda firmeza, deixe-se levar por divagações de sua mente confusa, seja afetado por influências externas, porém não é aceitável e deve receber dos graus superiores a devida correção, não se deixa cavalo doido solto no terreiro, salvo para ver o quanto escoiceia.
Técnicas de meditação (abandono consciente do ego, yoga, mentalizações) são sempre bem vindas para aqueles que desejam uma maior firmeza nos trabalhos da Umbanda.
Um médium disperso revela falta de firmeza em suas escolhas pessoais, de uma forma ou de outra, aqui ou ali todos passam por isso, faz parte do processo de crescimento espiritual e deve ser observado com atenção mas sem grandes culpas.

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